sábado, abril 26, 2008

Sobre metrô, caras, tatuagens, Zombie e paixão platônica

Lá estava eu no metrô, palco de 50% das histórias mais inusitadas da minha vida, com meu caderninho na mão, cheia de idéias e pronta pra colocá-las no papel. Um puta sono de quem dormiu às 4h30 e acordou às 6h. Eu sou daquelas que sai de casa do jeito que acorda, dependendo do compromisso, claro que tomo banho, se for possível visto o pijama outra vez. Hoje era só mais um desses dias em que eu fui pra auto escola com a clássica calça-de-moletom-cinza-velha-furada, uma camiseta de banda qualquer e o cabelo preso da forma mais feia possível. Os fones no ouvido, a cara de sono. Sentei no primeiro banco que eu vi livre e depois de escrever várias linhas senta alguém do meu lado. Claro, eu curiosa virei pra ver quem era.

Óbvio que era o cara mais gato que eu já vi na vida, deveria ser crime ser bonito daquele jeito. Ele era exatamente do jeito que eu imaginaria um homem dos sonhos se eu perdesse meu tempo com isso. Além de bonito o cara tinha aquele estilo de quem toca guitarra, desce do palco, te joga na parede e te chama de lagartixa. Tudo perfeitinho, das tatuagens ao cabelo "eu mesmo cortei", passando pela cara de despreocupado e chegando na camiseta do Iggy Pop. É claro que eu reparei todos os detalhes disfarçando o máximo possível, mas depois que reparei tudo que tinha que reparar eu voltei pro que eu estava escrevendo, não ia morrer por um cara do metrô. Não IA, até eu perceber que tava usando a tal calça furada, com o cabelo preso desgrenhadamente e com olheiras dignas de zumbis... Murphy, murphy. Fazer o quê, né? Desencanei, ora bolas, eu tava achando que estava onde? Num filme em que você encontra o amor da sua vida no metrô? Duh...

Desci antes do tal e já na escada percebi que já nem lembrava da cara dele. Absurdo, eu lembrava que ele era lindo, daqueles de babar, mas não lembrava como ele era. Mas eu lembrava bem das tatuagens... Ah, as tatuagens, num braço ele tinha um blackwork com um monte de detalhes bem fodas, no outro uma série de desenhos diferentes, todos em B&W. Foi só depois de me pegar suspirando pelas tatuagens do cara sem nem mesmo lembrar do rosto dele é que eu me toquei de quão maria-agulha eu sou. Aí eu lembrei de uma das minhas paixões platônicas. Rick Genest, o Zombie, também conhecido na internet como SkullBoy. Você provavelmente já viu alguma foto dele circulando por aí.




Sou atraída de verdade e sinto um puta tesão por ele, não sei quando foi a primeira vez que o vi nessa tal de internet, mas na mesma hora ele foi pro primeiro lugar da minha lista de "quero esse pra mim". Não adianta, já me chamaram até de retardada, mas ele é definitivamente um dos caras mais lindos que eu já vi na minha vida, ele é tão bonito, que se não fosse tatuado seria sem graça. Ok, essa é uma péssima explicação. Mas sério, se vocês conseguirem enxergar por baixo da tinta verão que ele é bem bonito. "Ah, mas e se ele for um imbecil?" Tanto faz, é só platonice minha mesmo... Eu nem sei explicar a atração que eu sinto por ele e por alguns outros caras, talvez não tenha nada a ver com as tatuagens ou com o quão bonito ele é. Talvez seja só o tal charme. Não é possível que só eu o ache charmoso. Aliás, dia desses alguém me falou que "charmoso" é um adjetivo que só as mulheres usam, e é mesmo, reparem.

Eu fico realmente intrigada em como gosto é uma coisa absurda, eu não sei se eu sou demente, mas esse padrãozinho Tom Cruise não faz meu tipo. Outra coisa que me intriga, é que esses caras que me atraem tanto geralmente ficam com as mulheres mais contrárias a eles possível, daquelas que vão ao salão toda semana, e usam salto, se é que vocês me entendem. Também, elas provavelmente nunca se deixam flagrar com a calça-de-moletom-cinza-velha-furada e o cabelo despenteado. Oh, vida cruel!

Ah, quem quiser ver mais fotos, tem uma entrevista com ele aqui: Zombie: Living Dead Art
Ah [2], já ouviram falar do Skull-A-Day? Um blog, caveiras, uma imagem diferente por dia.